quarta-feira, 8 de março de 2017

Goytacaz 1 x 2 Americano - Campeonato Estadual/RJ Série B 2016


Vitória sobre o Campos Série B 2016


Teaser 40 anos do enea - 2016










Campeão da Taça Corcovado 2015


Festa centenário 2014


Vasco 2x3 Americano 2010


Americano elimina Botafogo (Copa do Brasil) 2009


Americano 2x1 Botafogo (Copa do Brasil) 2009


Vasco 0x2 Americano (2009)


Fluminense 0x1 Americano - Taça Rio - Moça Bonita (2007)


América 1x3 Americano no Maracanã - semifinal da Taça Rio (2006)


Americano 2x2 Botafogo (2006)


Botafogo 1x2 Americano no Maracanã (2005)


Flamengo 1x2 Americano no Maracanã (2005)


Americano 2x0 Fluminense - Estadual (2005)


Americano x Goytacaz Série C (2003)


Americano x Goytacaz Série C (2003)


Americano 2x1 Vasco - Final da Taça Guanabara (jogo completo) 2002


Vasco 1x1 Americano (2001)


Fluminense 2x3 Americano (2000)


Americano 2 x 2 Flamengo (29/03/2000)


Ponte Preta 2x2 Americano - Série B (1997)


Americano 1x0 Vasco (1993)


Flamengo 1x1 Americano - Campeonato Carioca (1986)


Americano 2x2 Flamengo - Campeonato Brasileiro 1983


Americano x Goytacaz em Macaé (2014)


Gols do primeiro jogo do Campos na Série A


Lances do jogo do acesso


Gols do acesso à primeira divisão (2016)


Matéria da InterTV sobre o título (2016)


Campos campeão da Taça Corcovado


Campos 3x1 Americano - jogo do título


Jogo do acesso à Série B (2015)


Decisão do Segundo turno Série C - Campos campeão (2015)


Primeiro gol do Campos na volta ao profissionalismo (2015)


Volta do Campos ao profissionalismo

Entrada em Campos na volta ao profissionalismo

Documentário sobre o Campos (2008)


terça-feira, 7 de março de 2017

Goytacaz 2x2 Americano 2015


Goytacaz 2x0 América 2013


Goytacaz 2x1 Americano (InterTV) 2013


Goytacaz 2x1 Americano na ESPN (2013)


Documentário 100 anos (2012)


Goytacaz 3x0 Rio Branco Série B 2012


Goytacaz campeão Série C Estadual (2011)


Tonico no Globo Esporte (2011)


Documentário Rivalidade - 2010







Goytacaz 2x1 Bangu - Copa Rio 2010


Goytacaz 3x0 América - Copa Rio 2010


Matéria da Record sobre os 97 anos do clube (2009)


Trajano mostra camisa do Goyta na ESPN (2009)


Homenagem a Tonico Pereira (2009)


Matéria sobre a torcida (2009)


Goytacaz 2x1 Rio Branco (2008)


Gol de Bidu no 2x0 no Bangu na Seletiva 2006


Seletiva montagem (2006)


Goytacaz 2x1 Tupi - Brasileirão Série C (2003)

Matéria sobre vitória do Goyta.

Goytacaz 4x0 Fluminense (1986)

Matéria do Globo Esporte sobre uma grande zebra.

Goytacaz 2x1 Flamengo (1983)

Petróleo e Gilmar fizeram o 2x1 para o Goyta, pelo Campeonato Carioca de 1983.

Vasco 0x1 Goytacaz (1977)

Gol de Piscina em São Januário: Goyta 1x0 no Vasco na falha de Abel.

Matéria da ESPN sobre centenários de Rio Branco e Campos

Matéria da ESPN em 2012 sobre centenários de Rio Branco e Campos

Documentário Rio Branco (2004)


Saudosas Pelejas – A História Centenária do Campos Athletic Association (2012)




Título: Saudosas Pelejas – A História Centenária do Campos Athletic Association
Autor: Wesley Machado
Editora: Edição do autor (Impresso na Grafimar)
Ano: 2012
Assunto: Futebol
Páginas: 192
ISBN: 978-85-62931-23-9



Sinopse:

“Saudosas Pelejas” conta histórias dos 100 anos do Campos Athletic Association, o antigo Leão da Coroa, clube de futebol fundado por negros e mulheres no dia 26 de outubro de 1912 em Campos dos Goytacazes-RJ. Por meio de fotos, fichas técnicas e notícias de jornais, o livro registra informações dos cinco títulos citadinos do C.A.A. (1918, 1924, 1932, 1956 e 1976), o amistoso contra o Palmeiras em 1974; e revela passagens curiosas do “Roxinho”, como o jogo dos três gols contra. Apresentação de Afonsinho e prefácio de Péris Ribeiro. Com textos de Waldir de Carvalho, Oswaldo Lima, Hugo de Campos, Roberto Findlay, Orávio de Campos, Carlos Alberto Redondo e Márcio de Aquino.

No País do Futebol, Cidade sem Memória: A História Futebolística de Campos dos Goytacazes (2010)


Título: No País do Futebol, Cidade sem Memória: A História Futebolística de Campos dos Goytacazes.

Autor: Aristides Leo Pardo (TIDE)
Editora: Agbook
Ano 2010
Assunto: Futebol / História / Campos dos Goytacazes
ISBN: -

Sinopse:

O livro foi fruto de uma minunciosa pesquisa de quatro anos que foi reduzida para ser apresentada como monografia de conclusão do curso de jornalismo da FAFIC e teve nota máxima dada pela banca julgadora. Narra desde a chegada da primeira bola de futebol a Campos dos Goytacazes, passando pelos mais de 20 clubes profissionais existentes na cidade, seu auge, sua decadência, o surgimento e desaparecimento de clubes, a elite canavieira, os craques campistas entre outras curiosidades do nosso futebol.

Ídolos do Esporte (2006 - segunda edição)



Título: Ídolos do Esporte
Autor: Hélvio Santafé
Editora da segunda edição: Edição do autor (Grafimar)
Ano da segunda edição: 2006
Assunto: História do Esporte de Campos
Páginas: 200
ISBN: -




Sinopse:
Publicação reúne biografias inéditas de esportistas, resumos históricos de clubes e curiosidades esportivas. Ao final, seleções campistas escolhidas por cronistas de futebol. Prefácio de José César Caldas.

Didi – O gênio da folha seca (1993)



Título: Didi – O gênio da folha seca
Autor: Péris Ribeiro
Editora da primeira edição: Imago
Ano da primeira edição: 1993
Assunto: Biografia
Páginas: 169
ISBN: 85-312-0321-X

Sinopse:
O jornalista Péris Ribeiro conta a história do genial jogador campista Didi, o inventor do chute que faz a bola cair como uma folha seca, deixando em pânico o goleiro. Craque do texto, Perinho faz até quem não gosta muito de futebol ler o livro sem intervalo.

História do Futebol Campista (1989)

Título: História do Futebol Campista (1989)
Autor: Paulo Ourives
Editora da primeira edição: Cátedra
Ano da primeira edição: 1989
Assunto: Futebol / História
Páginas: 182
ISBN: -

Sinopse:
Pesquisa minuciosa que conta a história futebolística de Campos dos Goytacazes. Dados coletados em arquivos de jornais sobre os clubes profissionais da cidade, resultados de partidas e lista de campeões. Segundo e penúltimo capítulos dedicados à rivalidade entre Goytacaz e Americano.

Americano Futebol Clube - Sua História e suas Glórias de 1914 a 1975 (1976)

Título: Americano Futebol Clube - Sua História e suas Glórias de 1914 a 1975
Autor: Nilo Terra Arêas
Editora da primeira edição: Edição do autor
Ano da primeira edição: 1976 (V2)
Assunto: História do Futebol de Campos
Páginas: 78
ISBN: -

Sinopse:
Registro sobre o clube de futebol Americano, fundado em 3 de maio de 1914, com destaque para as conquistas do tricampeonato de amadores, do ênea campeonato profissional e do bicampeonato estadual, conquistados no período abrangido pela obra.

Almanaque Esportivo do Jubileu de Ouro do Futebol Campista (1962)

Título: Almanaque Esportivo do Jubileu de Ouro do Futebol Campista
Autor: Nilo Terra Arêas
Editora da primeira edição: Atlas
Ano da primeira edição: 1962
Assunto: História do Futebol de Campos
Páginas: 100
ISBN: -

Sinopse:
Registro pioneiro em homenagem aos 50 anos do futebol de Campos dos Goytacazes-RJ, consta como subsídio fundamental para pesquisas, à medida que apresenta documentos relevantes sobre times de futebol, jogadores, dirigentes e cronistas esportivos, além de fotografias de formações históricas.

segunda-feira, 6 de março de 2017

História do Americano

O Americano Futebol Clube é uma agremiação esportiva sediada em Campos dos Goytacazes, no Estado do Rio de Janeiro, no Brasil. Foi fundado em 1 de junho de 1914. Campeão Brasileiro da Série B de 1987, é o clube do Estado do Rio de Janeiro que mais disputou o brasileiro da Série B com 20 participações, é o maior campeão local e também o primeiro clube do interior do estado do Rio de Janeiro a vencer a Taça Guanabara e Taça Rio.

Fundação e primeiros anos

No mês de abril de 1914, esteve em Campos para jogar contra um combinado local, o time do America Football Club, uma das melhores equipes do Brasil na época e que era o atual campeão carioca.

O jogo deveria ser contra uma equipe formada pelos melhores jogadores da cidade, mas o presidente da Liga de Futebol, Múcio da Paixão, resolveu que o time teria dois jogadores de cada time, o que não foi aceito por muitos dos atletas que acabaram formando uma outra equipe para também enfrentar os cariocas, contrariando a vontade do dirigente maior da Liga Campista.

O combinado dos melhores jogadores de Campos, liderado por Luiz Pamplona, do Clube Esportivo Rio Branco, Nelson Póvoa, do Aliança, e Sinhô Campos, do Luso-Brasileiro, se reuniram no caldo do Zezé Póvoa, no centro da cidade, para escalar o selecionado que jogaria contra o time rubro do Rio de Janeiro, fato que foi apresentado e não aceito pela liga, que ameaçou puni-los, caso a partida fosse realizada, mas eles não se intimidaram e jogaram assim mesmo, tendo perdido o jogo por 3 a 1, bem menos do que o time posto em campo por Múcio, que saiu derrotado por 6 a 0.

Surgiu daí a ideia de formar um novo clube de futebol na cidade. Em uma palestra no Hotel Internacional, proferida após a partida pelo jogador Belfort Duarte, que quando soube do movimento logo sugeriu o nome de América para o novo clube, o que foi de muito agrado. Mas por intervenção dos irmãos Bertoni, uruguaios que jogavam no time do Rio, e que ficaram em Campos por uns dias como convidados dos irmãos Pamplona, o clube se chamaria Americano Futebol Clube, nome de um antigo time de São Paulo, pelo qual os uruguaios haviam jogado e que tinha fechado as portas sem conhecer o desgosto de uma derrota sequer. A ideia logo conquistou os adeptos e esse foi o nome de batismo do novo clube.

A data de fundação foi 3 de maio de 1914 e as cores adotadas foram o preto e o branco em homenagem ao Clube de Regatas Saldanha da Gama, do qual todos eram sócios. O Rio Branco, que teve a perda de oito jogadores para o Americano, foi o escolhido para ser o primeiro adversário oficial, em jogo que ocorreu a 12 de maio, com vitória do alvinegro por 4 a 1.

Maior vencedor da história do Campeonato Fluminense de Futebol (relativo ao Estado do Rio de Janeiro pré-fusão com o Estado da Guanabara) e maior clube da cidade de Campos dos Goytacazes, o Americano ingressou no Campeonato Carioca em 1976 (antes mesmo da fusão das federações carioca e fluminense de futebol). A partir de 1978, com a fusão dessas federações, o clube voltou a disputar o Campeonato Fluminense.

Em 1920, o Americano Futebol Clube foi campeão do primeiro Torneio Preparatório do Brasil. Em 1920, com apenas 6 anos de existência, o clube já ostentava, em suas fileiras, dois jogadores convocados para a Seleção Brasileira: Soda e Mario Seixas.Nesse mesmo ano o Americano disputou uma partida amistosa contra a seleção do Uruguai, que viria a ser campeã olímpica dois anos depois, se sangrando vencedor,o placar foi Americano 3 a 0 Uruguai. Em 1921 o Americano fez sua primeira partida contra um dos quatro grandes do Rio de Janeiro, o resultado do amistoso foi C.R. Flamengo 0 a 5 Americano. Em 1930, outro jogador alvinegro foi convocado para disputar a Copa do Mundo do Uruguai: Poli, Policarpo Ribeiro, que inclusive foi homenageado com uma placa no Hall Social do clube. Em termos de título, o que mais orgulha o torcedor do alvinegro campista é o inédito título de eneacampeão campista e do interior do Rio de Janeiro, uma conquista inédita. São nove títulos consecutivos por duas ocasiões.

Décadas de 60 e 70: anos dourados

Em 1966, o Americano foi vice campeão da Zona sul da Taça Brasil, o campeão foi o Cruzeiro Esporte Clube.

Entre os anos de 1967 e 1975, o Americano somou os nove títulos seguidos.

O jogo decisivo do Campeonato Campista de 1975 e que consagrou o Americano nove vezes seguidas campeão, foi disputado na noite de 17 de fevereiro de 1976. O Jornal dos Sports do dia seguinte publicava: Com um gol de Paulo Roberto, de pênalti, aos quarenta minutos da fase final, o Americano sagrou-se eneacampeão campista de futebol ao derrotar o Goitacás, ontem à noite, no Estádio Godofredo Cruz, na terceira partida da série melhor de quatro pontos que indicou o campeão de 1975. A renda foi de 115 055 cruzeiros, com 8 125 pagantes e o juiz, com boa atuação, o carioca José Roberto Wright. Os dois times formaram assim: Americano - Dorival; Nei Dias, Luisinho, Luís Alberto e Capetinha; Ico, Russo e Rangel; Luís Carlos, Dionísio e Paulo Roberto; Goytacaz - Miguel; Totonho, Paulo Marcos, Nad e Júlio César; Ricardo Batata, Wílson Bispo e Naldo (Pontixeli); Piscina, Tuquinha e Chico.

Em 14 de Julho de 1975, o Americano Futebol Clube fez um amistoso contra a Seleção Brasileira de amadores empatando em 1 a 1, amistoso esse realizado para marcar a reabertura do Estádio Godofredo Cruz. Pela equipe alvinegra atuaram: Paulão (Bodoque), Nei Dias, Paulo César, Luís Alberto e Capetinha; Jairo, Didinho (Mundinho) e João Francisco; Luís Carlos, Chico Preto e Paulo Roberto (Wallace). Pela Seleção Brasileira de amadores atuaram: Carlos; Carlos Alberto, Dick, Xará e Betinho; Celso, Aguillar (Éder) e Toninho Vanusa; Brida, Tião Marçal (Jarbas) e Da Silva.

Na Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro, o Americano foi incluído, como parte da fusão entre dois Estados brasileiros, no Campeonato Nacional de 1975, tornando-se, com isso, o primeiro clube do lugar e até mesmo do interior do novo Estado do Rio de Janeiro, a participar de tal certame.

O Jornal dos Sports de 25 de agosto de 1975 estampava o título: "Campos vibra com Americano: 2 x 1 no Santos". Da matéria faziam parte algumas apreciações como as que se seguem: "O time mostrou que está no Campeonato pra valer. Jogou com entusiasmo, venceu e provou que nem só dos cariocas vive o futebol do novo Estado".

A ficha técnica desse jogo, o da estreia no Campeonato Brasileiro, está aqui: Americano - Dorival; Nei Dias, Mundinho (Luisinho), Luís Alberto e Capetinha; Ico e Didinho; Luís Carlos, Rangel, Messias e Paulo Roberto. Santos - Joel; Tuca, Oberdan, Bianchi e Zé Carlos; Clodoaldo e Didi (Alceu); Mazinho, Cláudio Adão, Toinzinho e Edu. Arbitragem de Luís Carlos Félix, auxiliado por Paulo Antunes e Célio Couto. Renda de Cr$ 191.000,00 (14.307 pagantes). 1º tempo - Empate de 1 x 1 (Paulo Roberto aos 10' e Mazinho aos 43'). Final - Americano 2 x 1 (Rangel aos 42').

O seu melhor desempenho foi a 27° colocação em 1978, entre 74 participantes. No Campeonato Carioca, sua melhor colocação foi o vice-campeonato de 2002, ano em que conquistou a Taça Guanabara (Primeiro Turno) e a Taça Rio (Segundo Turno).

Décadas de 80 e 90: boas campanhas

A partir dos anos 1980, incluiu, em seu currículo, vitoriosas excursões ao exterior, figurando, como as mais importantes, a de 1981, realizada na Ásia e vencida sobre a Seleção da República da Coreia, na chamada Taça do Rei, além de outras em 1984, na qual o Americano venceu por 1 a 0, a 17 de janeiro, a Seleção de Omã, a mesma que foi goleada por 4 a 1 dois dias depois. Dia 24, o Americano perdeu de 1 a 0 para a Seleção de Tóquio, dia 27 goleou a Seleção da Malásia por 4 a 0, dia 29 perdeu de 2 a 0 para o time inglês Sensea, dia 30 perdeu de 2 a 1 para a Seleção de Tóquio, dia 5 de fevereiro o Americano derrotou a Seleção de Dubai por 1 a 0, dia 7 perdeu de 2 a 1 para a Seleção dos Emirados Árabes, dia 9 derrotou o Al-Nassr por 1 a 0 e, no dia 13, encerrando o novo giro, derrotou a Seleção da Arábia Saudita por 1 a 0. Ainda nos anos 80 o Americano derrotou a seleção de Camarões por 2 a 1. Em 1994, realizou mais uma excursão ao Oriente Médio.

Em 1987, representou o Estado do Rio de Janeiro no Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais, sagrando-se campeão, numa final histórica contra a Seleção de São Paulo, que ostentava cinco jogadores da Seleção Brasileira.

Atuou trinta e duas vezes no Campeonato Brasileiro de Futebol‎, sendo sete vezes na Série A, vinte na Série B e cinco na Série C. Foi campeão do Módulo Azul 1987 (um dos dois módulos equivalentes à Série B), vice-campeão da Série B 1986 (vice colocado do grupo, não houve decisão oficial e o vice não é reconhecido pela CBF[2]) e quarto colocado em três edições (1988, 1991, 1994).

Em 15 de março de 1980, o Americano aplicou sua maior goleada em campeonatos brasileiros, ao derrotar o Sport Club Botafogo por 7 a 0 na casa do adversário.

Tem outro trunfo no futebol do estado do Rio de Janeiro: foi a primeira equipe do interior a vencer a Taça Guanabara e a Taça Rio.

Em 1993, o Americano Futebol Clube tirou uma invencibilidade de 32 partidas do Club de Regatas Vasco da Gama, derrotando a equipe carioca no Estádio Godofredo Cruz pelo placar de 1 a 0, gol marcado por Pelica, aos 47 minutos da primeira etapa. No início dos anos 2000, o Americano Futebol Clube fez um amistoso com a seleção de Angola, vencendo a partida pelo placar de 3 a 1.

Anos recentes

Após muitos anos sem jogar um amistoso internacional, o Americano enfrentou o Huracán Buceo, do Uruguai, em 2008, no Estádio Godofredo Cruz, vencendo a partida amistosa pelo placar de 4 a 0.

No ano de 2009, participou da Copa do Brasil e, na primeira fase, eliminou o Santa Cruz Futebol Clube, vencendo os dois confrontos. Na segunda fase, eliminou, nos pênaltis, o Botafogo de Futebol e Regatas, em confronto válido pela segunda fase da Copa do Brasil de 2009. Foi eliminado nas oitavas-de-final pela Associação Atlética Ponte Preta, após empatar o primeiro jogo no Estádio Godofredo Cruz e perder por 2 a 1 no jogo de volta. No mesmo ano, se sagrou campeão do Torneio Moisés Mathias de Andrade, após derrotar, por 1 a 0, a equipe do Mesquita Futebol Clube no Estádio Jornalista Mário Filho com um gol do atacante Kieza, aos 44 minutos do segundo tempo.

Já em 2010, o time voltou a passar por momentos de dificuldade durante a disputa do Campeonato Fluminense: ficou na zona de rebaixamento por diversas rodadas até a contratação de Toninho Andrade (em sua quinta passagem pelo time), que levou a equipe a uma arrancada de quatro jogos invictos, incluindo uma vitória sobre o Vasco na casa do rival.

Em 2011, faz uma péssima Taça Guanabara, terminando em sétimo lugar no seu grupo, com apenas cinco pontos ganhos. Entretanto, se recuperou na Taça Rio, quase se classificando paras as semifinais, ficando em terceiro colocado, dois pontos atrás do segundo colocado, o Clube de Regatas do Flamengo. Por fim, ficou em oitavo lugar na classificação geral e conseguiu uma vaga no Campeonato Brasileiro de Futebol de 2011 - Série D. Porém o presidente Luiz César Gama preferiu não disputar o campeonato por falta de recursos financeiros.

Em 15 de abril de 2012, após péssima campanha, foi selado o primeiro rebaixamento do Americano para a Série B do Campeonato de Futebol do Estado do Rio de Janeiro. O clube terminou o Campeonato em décimo sexto (16º) lugar, com apenas nove (9) pontos conquistados em quarenta e cinco (45) possíveis.

Estádio

O Americano mandava os seus jogos no Estádio Godofredo Cruz, que já teve capacidade para 25 000 espectadores[3]. Porém, em 2009, o estádio teve a capacidade reduzida para 9 000 pessoas pela Defesa Civil, por motivos de segurança[3], vindo a ser demolido em 2014.

Em troca, pela venda do terreno onde ficava o estadio, a Imbeg, empresa de Campos especializada em construções civis, custeou a edificação do início ao fim do novo centro de trenamento do clube na cidade, localizado no bairro de Guarus. O Centro de Treinamento de Guarus, novo endereço do clube, centralizará toda e qualquer atividade do Americano, e último passo dos planos do clube é construir ali um estádio com capacidade de 11 mil pessoas.

História do Campos

O Campos Atlético Associação é uma agremiação esportiva de Campos dos Goytacazes, no estado do Rio de Janeiro, fundada a 26 de outubro de 1912.

Criado por por idealização de Wanderley Barreto, seu primeiro presidente, surgia com o nome de Campos Athletic Association.

Tendo como suas cores o roxo, o preto e o branco, seu primeiro campo do clube era alugado ao extinto Lacerda Sobrinho Futebol Clube, no bairro da Coroa, vindo daí o nome da mascote Leão da Coroa.

Mais tarde o clube se instalou em outro campo em local próximo, mas já no bairro do Caju, mais precisamente na Rua Rocha Leão, atrás do antigo presídio da cidade, onde permaneceu até adquirir a área do atual estádio Ângelo de Carvalho localizado na Avenida Alberto Torres no Parque Leopoldina, obra de um estádio que jamais foi concluída, mas que mesmo assim, foi palco de muitos jogos importantes pelos campeonatos da cidade.

Dizem os mais antigos que o primeiro uniforme do clube foi constado de listras verticais em roxo, preto e branco, porém é possível achar fotos em que o clube se apresenta de branco e com um escudo bem diferente do utilizado ao longo de sua história.

O Campos foi campeão municipal nos anos de 1918, 1924, 1932, 1956 e 1976, além do Campeonato Fluminense de 1956, que não chegou a ser disputado em campo mas que deve ter o título reconhecido pela atual federação. Possui ainda a conquista do título de Campeão da Zona Norte do Interior do Estado do Rio de Janeiro no ano de 1976.

O Campos nunca deixou de integrar a primeira divisão do antigo Campeonato Campista que foi profissionalizado no ano de 1952. Também nunca deixou de fornecer jogadores aos selecionados escretes da Liga Campista de Desportos.

Seus maiores jogadores foram Rebolo, que veio a envergar a camisa do América Football Club nos seu grandiosos tempos, além de Hélvio, beque que chegou a jogar no Santos Futebol Clube. Ipojucan centroavante campeão em 1956. Manoelzinho, goleiro nos primeiros anos do clube e cobiçado pelos grandes da capital, nunca deixou o roxinho. Crisolino, lateral esquerdo que marcou época no clube. Jorge Chinês, teve sua vida dedicada ao clube como jogador, e depois dirigente, dos mais renomados amigo de Zizinho com quem jogou junto ao time do Exército, além de Bimba, jogador admirável que resta para sempre na memória de quem o viu jogar.

Pelo Campos, ainda atuaram jogadores de renome nacional como o zagueiro Brito e o meio-campista Afonsinho num jogo amistoso contra o Palmeiras na década de 70, década esta que nunca deveria ter acabado, pois foi nela em que o clube teve seus últimos bons momentos no futebol, que no transcorrer dos anos deixou o futebol de lado em alguns momentos se dedicando mais a parte social.

Vindo a forma hora ou outra equipes na categorias infantil e juvenil nos campeonatos promovidos pela atual Liga Campista de Desportos e até mesmo pela FFERJ.

Em 2008, as equipes de infantil e juvenil se sagraram campeãs do Campeonato Campista 2008 nas respectivas categorias. Após muitos anos, o time está criando uma nova equipe para a categoria adulta ("profissional"), embora a equipe seja amadora para a disputa da Taça Cidade de Campos 2008.

Em 2015, o roxinho voltou ao futebol profissional, disputou a Série C do Campeonato Carioca e conseguiu o acesso de forma invicta, em 2016 o clube disputou a Série B do estado, foi vice-campeão, e em 2017 o clube vai disputar a Série A do estado pela primeira vez em sua história.

História do Goytacaz

O Goytacaz Futebol Clube é uma sociedade civil fundada em 20 de agosto de 1912, sem fins lucrativos, de utilidade pública (Lei n°1516 de 8 de novembro de 1967), constituído por prazo indeterminado, com personalidade jurídica distinta de seus associados, com sede própria na Rua dos Goytacazes n° 331, que tem por objetivo promover a prática do futebol como prioridade, bem como de educação física e dos demais desportos profissionais ou não, na conformidade com a legislação vigente além de atividades de caráter assistencial e educacional.

Neste mesmo local possui o seu estádio de futebol – Ary de Oliveira e Souza – com capacidade atual de 15000 espectadores. Acrescido ao patrimônio material, o clube possui um bem considerado por todos seu maior patrimônio, sua apaixonada torcida, que de acordo com a Revista Placar é a 5ª maior torcida do estado do Rio de Janeiro, atrás apenas dos quatro grandes da capital.

O alvi-anil é conhecido como "O mais querido de Campos", uma referência as suas origens populares, tendo sido o primeiro campeão da cidade de Campos, ainda em 1914.

O clube revelou Amarildo, “O Possesso”, goleador da Seleção Brasileira e destaque na Copa do Mundo de 1962.

O Estádio Ary de Oliveira e Souza teve o seu recorde de público em 13 de abril de 1986, quando 14.708 pagantes estiveram presentes para assistir ao jogo entre o Goytão e o grande time do Flamengo, com Zico e Cia, pelo campeonato carioca daquele mesmo ano.

O Goytacaz disputou, no ano de 1992, seu último campeonato na elite do Estado e, neste campeonato, foi rebaixado para a segunda divisão.

Em 2006, a campanha do Goytacaz na seletiva fez seus apaixonados torcedores voltarem a frequentar os estádios e acreditar mais uma vez na sua equipe, mostrando que não é a toa a alcunha de “O clube mais querido da cidade”. Foram 20 jogos, 9 vitórias, 8 empates, 3 derrotas, 24 gols pró, 14 gols contra, que levou o azulão a ficar na 4ª colocação do torneio.

No ano de 2012, o Goytacaz celebrará seu centenário de fundação e todos os esforços estão canalizados para que o clube retorne à primeira divisão neste mesmo ano.

Dados HIstóricos
Foi criado a partir de um desentendimento de um grupo de remadores do clube Natação de Regatas Campista, que teve negado um pedido de barco para passear no Rio Paraíba do Sul. O nome do clube foi uma homenagem aos primeiros habitantes da cidade de Campos: os índios goytacazes, que segundo o historiador Eduardo Bueno, eram os mais ferozes índios do atual território conhecido como Brasil, além de exímios nadadores, o que lhes dava uma vantagem extra nas batalhas.
A primeira diretoria do Goytacaz foi formada assim: Luiz Carlos Cabral (presidente), Roberto Melo (vice-presidente), Otto Nogueira (1º tesoureiro), Jaime Rego (2º tesoureiro), Rudah Martins (1º secretário), Álvaro Nogueira (2º secretário), João Cunha (fiscal) e Manoel Patrão (procurador) e também ficou decidido, ainda, que a casa de Otto Nogueira, situada à Rua 21 de abril, nº. 14, no centro da cidade, ficaria sendo provisoriamente a sede do novo clube.

A primeira partida foi em 25 de agosto de 1912 contra o Internacional e a equipe alvi-anil venceu por 2 a 1, com o time tendo formado com: Claudinier, Mário Manhães e Catete, Álvaro Nogueira, Estevam Almeida, e Adelino, Laranjeira, Linconl, Jorge Gomes, Didi e Otto Nogueira.

O primeiro campo do Goytacaz foi defronte à igreja de Santo Antônio, em Guarus e, por isso, o santo é considerado o padroeiro do time. Mais tarde o campo passou para a Praça da República, onde a Prefeitura Municipal cedeu um terreno, mas ali o clube não ficaria por muito tempo, pois logo se mudaria para perto do Liceu de Humanidades, no antigo campo do Luso Brasileiro, no mesmo terreno onde, mais tarde, seria construído o palacete de Finazinha de Queirós, transformado após a sua morte na Casa de Cultura Villa Maria.

O clube, porém, mudaria novamente e, dessa vez, se estabeleceria em frente à linha férrea campista, no início da Rua do Gás, na Lapa. Foi nesse campo que o Goytacaz tornou-se, definitivamente, um dos maiores times da cidade, chegando a ter ali mesmo o primeiro campo com iluminação elétrica do interior do Estado, em 5 de junho de 1930, o que causou muita polêmica, já que a cidade vivia sérios problemas de abastecimento de energia.

O Goytacaz foi o primeiro time de Campos dos Goytacazes e o terceiro do antigo Estado do Rio a jogar no Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã. Isso aconteceu em novembro de 1963, contra a equipe carioca do Madureira e a partida terminou empatada em 2 a 2. Antes dele, jogaram, no Maracanã, o Canto do Rio, que disputava especialmente o Campeonato Carioca desde 1941 e estreou no Maracanã já em 1950 e o Fonseca, que disputava o Campeonato Fluminense mas enfrentou o America no estádio pela Taça Brasil de 1961.

O Goytacaz foi o primeiro clube campista a ter um jogador na seleção brasileira, Amaro da Silveira, titular absoluto no Campeonato Sul-Americano de Futebol de 1923, tendo o Goytacaz também tevelado Amarildo, "O Possesso", goleador da Seleção Brasileira e destaque da Copa do Mundo de 1962.

O Goytacaz foi o primeiro campeão da cidade de Campos dos Goytacazes, isto em 1914. O clube conquistou vinte campeonatos campistas, sendo o de 1955 de forma invicta, além de ter sido o primeiro tetracampeão (1940/1941/1942/1943), levantou duas taças Cidade de Campos e cinco campeonatos estaduais (antigo Campeonato Fluminense, em 1955/1963/1966/967/1978).

Em campeonatos brasileiros, a melhor performance do Goytacaz na primeira divisão foi em 1978, quando conquistou o 30° lugar, entre 74 participantes. Em 1985, foi vice-campeão da Taça de Prata, equivalente ao atual Campeonato Brasileiro Série B.

Os presidentes do Goytacaz foram: Luís Cabral, Vicente do Amparo Ferraiuolli, Osvaldo Cunha, Luís Sérgio Silva, Francisco Carvalhal, Augusto Faria, Salim Nagem, Ary de Oliveira e Souza, Dr. Jacintho Simões, Martinho Santafé, Domingos Guimarães, Abelardo Brito, Antônio Ribeiro Alvarenga Filho, Gumercindo Freitas, Sebastião Lírio, José Gabriel, Nilson Cardoso de Souza, Salvador Araújo Nunes, Edson Alvarenga, Antônio José Coutinho, Jacynto Simões, Ramiro Alves Pessanha Filho, Rubens Vieira Rios, Roberto Krunfly, Rafael Martins, Edecyr de Oliveira, Jorge Fernandes de Souza, Amaro Escovedo, Amaro Gimenes, Arizo Azevedo, Manoel Santana, Antônio Eraldo Lopes Riscado,Armando Zanata, Silvio Pinheiro, Dartagnan Fernandes , Valtair de Almeida, Zander Pereira, José Luiz Dutra, Jomar Garcia Paes e atualmente quem comanda o clube é o presidente Robson Neto Barreto.

História do Rio Branco

O clube revelou Didi, o famoso inventor da "Folha Seca". Sua melhor performance, após a fusão dos estados do Rio de Janeiro e da Guanabara, foi a 4º colocação no Estadual da Segunda Divisão, em 2002. Ganhou em 1980, o Campeonato Estadual de Juniores da Divisão de Acesso, o primeiro título em se tratando de Divisão de base após a fusão.

O início foi modesto, como um rio de curso caudaloso que fora antes um arroio, um regato pequeno e sem importância. A agremiação foi, todavia, nos seus primeiros tempos, um regato de águas cristalinas. Não há retórica na imagem “regato de águas cristalinas”. É que a grande agremiação foi fundada por meninos, cujas idades oscilavam entre 13 e 15 anos e que pertenciam as melhores famílias de Campos.

A tonalidade rósea dos seus rostos corados e sadios determinou a escolha da cor preponderante das camisas da agremiação, por sugestão, aliás, de Yayá Linhares, irmã de Celso Linhares, um dos fundadores.

Ao lado de Celso Linhares, os meninos Custódio Barroso dos Santos, Manoel Landim, Fausto Apady da Cruz Saldanha e Brasil Castilho Leão pensaram criar um clube, pois residindo nas imediações da Praça da República, assistiam sempre os treinos do Goytacaz Futebol Clube, o que lhes despertou o interesse pelo viril esporte bretão. De início, houve a fase dos treinos despretensiosos com bola de meia. Mais tarde, apareceu a idéia de nome ao time. Todos estudantes, resolveram escolher para denominar a agremiação por eles arquitetada, em seus sonhos juvenis, a legenda Barão do Rio Branco.

Com efeito, o grande estadista brasileiro morrera em fevereiro de 1912 e os moços campistas aproveitaram para prestar uma singela homenagem ao homem que é responsável pela consolidação dos limites do Brasil. Estava, assim, fundado o clube que iria exercer um papel relevante na história do futebol campista.

A ata de fundação do Clube Esportivo Rio Branco, a exemplo do Goytacaz Futebol Clube, Campos Atlético Associação e Americano Futebol Clube, não existe. A pátina do tempo se incumbiu de fazer desaparecer os documentos que contariam em sua frieza os primeiros dias de vida dessas agremiações. Os dados que relatamos foram colhidos com seus fundadores. Relatou-nos esses sucessos o senhor Custódio Barroso que, juntamente com Manoel Landim e Otacílio Barroso participaram dos primeiros tempos da grande agremiação. Depois de fundado o Clube, veio a fase mais difícil da novel agremiação, isto é, quando os meninos róseos da Praça da República deveriam enfrentar a turma adulta dos outros times.

Mesmo assim, não fizeram feio. A classe, a velocidade, e a fibra da “garotada” davam trabalho aos “barbados” que tinham que suar camisa para vencer os jovens “róseos negros”. Do time dos primeiros tempos , a tradição nos trouxe os nomes dos jogadores Firmino, Batista, Custódio Barroso, Celso Linhares, Fausto Apady, Brasil, Manoel Landim, Carolino Francisco e Otacílio Barroso.

A fase difícil, porém, parecia não terminar nunca. Quando a “garotada” cresceu e quando tudo parecia que o clube iria se estabilizar, surgiu a grande crise de 1914, quando oito integrantes da agremiação, sem dúvida, os seus melhores jogadores, liderados pelos irmãos Pamplona, deixavam o time para fundar o Americano Futebol Clube, com jogadores egressos do Luso Brasileiro e Aliança. A morte do Rio Branco foi impedida pelos valorosos Floriano Quitete, Velho Grilo e os irmãos Celso e Carlos Linhares.

As coleções dos jornais campistas da época têm perpetuada a flama desses homens que através deles deixavam claro que o seu time não morreria com o êxodo terrível, mas que seria recomposto com integrantes novos. E assim foi. E graças ao grande amor devotado as cores do time, a fase má foi vencida e três anos mais tarde, isto é, em 1917, a agremiação se transformava numa das grandes forças do futebol fluminense, levantando o Campeonato Campista daquele ano com o seu célebre time: Grain; Batista e Germano; Badanho, Velhinho, e Barreto; Otacílio(Dedé), Floriano Quitete, Velho Grilo, Antoninho Manhães e Álvaro Linhares.

A marca em relevo é, sem dúvida, a sua fibra. Esteve, em várias oportunidades, com a sua vida tumultuada por sérias crises e dissidências que, embora abalassem a agremiação nunca conseguiram deter o seu impetuoso desenvolvimento.

Teve, inclusive, em certa época de sua vida, até mesmo o “boicote” dos cronistas esportivos da cidade, o que levou os riobranquenses a fundar o jornalzinho “O Róseo Negro”, dirigido por Hélvio Bacelar da Silva, para dar notícia sobre suas atividades. Há, ainda, a dissidência que deu origem à fundação do Itatiaia Atlético Clube, dessa vez liderada pelos irmãos Bacelar da Silva, mas que não conseguiu apagar o “fogo” sagrado, aceso pela garotada corada da Praça da República!

O Itatiaia acabou após uma goleada de 17 a 0 sofrida diante do Americano e um incêndio na sede onde promovia bailes na antiga Rua da Direita, hoje, Boulevard Francisco de Paula Carneiro.

O crescimento não parou mais. Saiu da Praça da República para outros campos até adquirir, na gestão Mário Veloso – do sr. Menês dos Santos por trinta contos de réis -, os amplos terrenos da avenida Sete de Setembro, somando 12 mil metros quadrados, onde funcionou até o final da década de 70. Em 6 de janeiro de 1978, o então presidente Clóvis Expedito Arenari, apoiado pelo Conselho Deliberativo, presidido por Chaquib Machado Bechara, adquiriu a área do hoje Parque Barão do Rio Branco, com 97 mil metros quadrados ao preço de Cr$3.700.000,00 (Três Milhões e setecentos mil cruzeiros).

O primeiro campo do fundado Rio Branco Futebol Clube foi na Rua Dr. Siqueira, depois na Rua da Minhocas (hoje, Espirito Santo), passando depois para a Rua do Gás( onde funcionou o Itatiaia), Sete de Setembro e finalmente Parque Calabouço (hoje, Parque Barão do Rio Branco). Um fato marcante ajudou na aquisição dos terrenos da Sete de Setembro. Os jogadores campeões de 1928 doaram as medalhas de ouro que receberam ao Clube, dentre eles Carino Quitete, Constantino Escocard, Osvaldino Lima Ribeiro , Vicente Arenari e Mário Jobel.

Conta hoje, na sua sede do Parque Barão do Rio Branco com dois campos de futebol, o de grama nativa abriga para os treinos das categorias de base, enquanto o outro é oficial do Estádio Róseo Negro em construção.

A recente história pode ser contada a partir da mudança para o Parque Calabouço, hoje Barão do Rio Branco, mudança efetivada a partir de proposta do vereador Geraldo Augusto Venâncio. A mudança da Av. Sete de Setembro para a atual sede da avenida Senador José Carlos Pereira Pinto, ocorreu no final da década de 70, promovida pelo então presidente Clóvis Expedito Arenari. No ano de 1962 o Rosão foi vice-campeão da Zona Sul da Taça Brasil,o campeão foi o Cruzeiro.

Sem recursos para a construção da nova sede, o presidente Clóvis contava com parcos recursos doados por abnegados como: Amaro Ribeiro Gomes – Matraca, Osvaldo Macedo Rodrigues, Édio Pereira, Bernardino Maria Filho, Vanildo da Silva Costa, Renê Ribeiro Gomes e por outro lado, contava com a oposição de tantos outros ferrenhos riobranquenses, contrários a venda da sede antiga, no Centro da cidade, como: Antônio José Petrucci, Miraldo Ribeiro Lima, José Carlos Lima, Fernando Campos Ribeiro, dentre outros.

O bacharel em direito Clóvis Arenari não só entrou para a história como o presidente que teve a coragem de vender uma sede em área urbana e adquirir um imenso terreno num inabitado e na época periférico bairro, como também está na história do Clube como o dirigente que mais vezes presidiu o Clube. No início dos anos 90, este mesmo Clóvis Arenari convidou o vitorioso médico, Paulo Sérgio dos Santos Machado, para candidatar-se a presidência.

O convite foi aceito e uma nova fase estava sendo inaugurada com prioridade total para o futebol. Com o apoio do próprio Clóvis Arenari e de outros desportistas como, Reginaldo Henriques Mota, José Carlos Azevedo, Édio Pereira Filho, Luiz Antônio Petrucci, Carlos Fernando Dutra de Andrade, Ramildo Rangel de Azeredo, Edward da Silva Ferreira, João Carlos Guimarães Machado, Sebastião Siqueira, José Luis de Macedo e Josaphat Ribeiro, o time dirigente passou a trabalhar muito o futebol, o que redundou no sucesso de 1983, com a conquista do Campeonato Estadual da Terceira Divisão, passando a disputar a chamada “Segundona” do Rio de Janeiro. Mas nem tudo foram flores.

Terminado o mandato de Paulo Machado ao final de 1984, em que se bateu a porta para subir para a primeira Divisão, ele se afastou do Clube, com o grupo por ele liderado, tomando o mesmo caminho. Dr. Clóvis Arenari voltou ao comando do Clube, rompendo com “Dr. Paulinho” logo em seguida. Foram dias difíceis, mas o Rio Branco ainda disputou a Segunda Divisão de 2005, marcado por duas partidas incríveis contra o Volta Redonda Futebol Clube, no Ary de Oliveira e Souza (onde o Rosão mandava os seus jogos) e no Raulino de Oliveira.

Mas o tempo passou, o Clube abandonou o futebol profissional e houve o convite ao comerciante Adauto Alves Rangel para fazer parte da diretoria, cabendo a ele a vice presidência social. Bons momentos aqueles em que o Clube passou a promover serestas dançantes, como a mínima estrutura, mas com todo o sucesso que requer uma promoção deste quilate.

Em 1992, Adauto Rangel foi eleito presidente do Rio Branco. Estava ali inaugurada uma nova fase na história do Clube fundado em 1912. Foi uma das mais unidas e atuantes diretorias já vistas no Clube. Além do presidente Adauto Rangel faziam parte do grupo diretor: Roberto Manhães (Finanças), Hélio Pinto Duarte (Administração), Domingos Loureiro (Jurídico), Demilton Sales (Patrimônio e Obras), Profª Eli Manhães Rodrigues (Social), Arnaldo Garcia (Relações Públicas e Publicidade), José Carlos Waltz (Expediente) Edward da Silva Ferreira (Esportes) e Edson Coelho dos Santos (Médico).

Grandes foram os esforços para a recuperação do tempo perdido em se tratando da sede do Barão do Rio Branco. Para a construção do Salão Social, além de doações que os próprios diretores faziam, foram promovidos jantares de adesão, churrascos, serestas e a montagem de um quadro social ativo, pois era um absurdo um clube com 7.500 sócios não ter uma receita mínima. Mas como nada tinha a oferecer aos associados além da Quadra de Futebol Nodge Etienne Samary, Campo de Futebol Soçaite Bernardino Maria Filho, a idéia evoluiu, mas sem o efeito esperado.

Mais tarde, ao fim da administração Adalto Rangel, o Salão Social era uma realidade, sendo inaugurado no mandato seguinte do presidente Demilton Sales, que foi uma cópia fiel da gestão anterior, incentivando o futebol das categorias de base, melhorando o patrimônio existente e avançando com construção dos muros dos quase 98 mil metros quadrados de área.

Membro do grupo dirigente do Rio Branco, tendo participado de todas as administrações desde a mudança para Guarus, o comerciante Edward da Silva Ferreira realizou um sonho antigo e talvez de qualquer um que seja sócio de um clube: chegar a presidência. Ainda no seu discurso de posse, no Centro Esportivo Fluminense, “Edu” como gosta de ser chamado, anunciou que não havia grandes pretensões no seu mandato, e o maior objetivo era dar projeção ao Rio Branco, incentivando as categorias de base, administrando com carinho, respeito e muito amor, seguindo o legado dos presidentes imediatamente anteriores, reconhecendo que cabia a ele o principal papel: o de não decepcionar. E o Edward não conseguiu avançar muito, mas também não decepcionou.